segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Rituais de Banimento

Faz o que tu queres, há de ser tudo da Lei.


Rituais de Banimento



O que é um ritual de banimento?


"A primeira tarefa dum Magista em toda cerimônia é consequentemente tornar seu Círculo absolutamente impenetrável.—Aleister Crowley

Um banimento é geralmente efetuado antes do início de um ritual mágico. Isto tenciona limpar a área do ritual – tanto faz ser um quarto ou um círculo mágico— de todos aqueles elementos que possam interferir na operação mágica. O Banimento consiste em remover todos os objetos de um lugar de trabalho para por dentro deste espaço reservado aqueles objetos que sejam pertinentes à operação.

Em cerimônia elaboradas, o Magista pode optar por banir todos os elementos (Ar, Terra, Fogo, Água, & Espírito), os planetas, os signos do zodíaco, espíritos, formas-divinas e até mesmo as dez Sephiroth. Inclusive as forças que serão invocadas são banidas. Como diz Crowley , “porque esta força como existe na Natureza é sempre impura”.

Rituais de banimento também podem ser executados como finalidade em si. Isto pode ser feito por vários motivos – para limpar um cômodo ou casa, para eliminar energias negativas ou indesejadas ou simplesmente para acalmar e balancear a mente. Vários magistas praticam rituais de banimento diariamente. " RETIRADO DA SÉRIE: MAGIA EM TEORIA E PRÁTICA.

Existe um muito famoso Ritual de Banimento que era utilizado pelos adeptos da Golden Dawn e ainda é utilizado por muitos magistas e ordens pelo mundo afora, este ritual é conhecido como Ritual Menor do Pentagrama, tal ritual tem como parte do procedimento a vibração de nomes divinos, as vezes muito difícil para aqueles que não estão adaptados com a a Magia Hebraica, por isso colocarei o procedimento do mesmo (sem maiores explicações das pronúncias, faço isso outra hora) e também colocarei o procedimento de um outro Ritual de Banimento, muito utilizado pelos membros da corrente da Magia do Caos, chamado Ritual Gnóstico do Pentagrama, sendo este mais fácil por não conter símbolos da magia Hebraica, possibilitando assim maior facilidade para aqueles que não estão adaptados a este sistema. Seque os Rituais abaixo:


Ritual Menor do Pentagrama

i. Toque a testa e diga Ateh ( À Ti ),

ii. Toque o peito e diga Malkuth ( O Reino ),

iii. Toque o ombro direito e diga ve-Geburah ( e o Poder ),

iv. Tocando o ombro esquerdo diga ve-Gedulah ( e a Gloria ),

v. Juntando as mãos no peito diga le-Olahm, Amen ( para todas as Eras Amén ).

vi. Virando para o Leste desenhe um pentagrama (o da Terra ) com a arma mágica
apropriada (o Bastão é mais comum). Diga (vibrando ) HVHY.

vii. Virando para o Sul, da mesma maneira, porém diga YNDA.

viii. Virando para o Oeste, da mesma maneira, porém diga HYHA.

ix. Virando para o Norte, da mesma maneira, porém diga AGLA
( Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla ).

x. Abrindo os braços na forma de cruz diga,

xi. A minha frente Raphael;

xii. Atras de mim Gabriel;

xiii. A minha direita, Michael.

xiv. A minha esquerda, Auriel;

xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,

xvi. E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios.. Repetir (i) a (v), a Cruz
cabalística.

DE ACORDO COM: Liber O vel Manus et Sagitae Svb Figvra VI Publicação em Classe B da A.´.A.´.


Agora segue abaixo o Ritual Gnóstico do Pentagrama:

O Ritual Gnóstico do Pentagrama "Rituais de Banimento", como são comumente conhecidos, servem para vários propósitos. Ao princípio e ao fim de longos rituais, eles são utilizados para estabelecer e restabelecer a concentração, o equilíbrio e o controle. Eles, também, podem ser usados para práticas de visualização, com o intuito de afastar influências indesejáveis. O tradicional Ritual Menor do Pentagrama, utilizado pelos adeptos da Golden Dawn, vem se tornando menos eficaz, com o passar do tempo.

Nos dias de hoje, poucas pessoas estão suficientemente ligadas ao misticismo Hebraico ou ao estudo da Cabala para extrair poder dos nomes de deus ou da figura dos anjos. Por persistir a ineficácia crescente do Ritual Menor do Pentagrama e suas variáveis em outras tradições, evidencia-se a necessidade de um novo ritual para esta finalidade. Apresento-vos o Ritual Gnóstico do Pentagrama. Ele preenche todos os objetivos de um ritual de banimento, sem estar preso a qualquer simbolismo em particular. E é, adicionalmente, aplicável como uma técnica de cura. O RITUAL O Ritual Gnóstico do Pentagrama começa com a visualização de uma radiância, em cinco partes do corpo. Cada visualização é acompanhada da vibração do som de uma vogal I, E, A, O, U. Os sons são vibrados altos e mantidos por uma exalação completa. Cada um deve causar uma sensação física na parte do corpo correspondente. De fato, o corpo deve ser tocado como um instrumento musical, com cada parte ressonando de acordo com um tom. Em seqüência, pentagramas são desenhados no ar, em quatro pontos, ao redor do operador.

Os pentagramas devem ser desenhados no ar, em cada quadrante, no sentido anti-horário, até que o operador retorne à posição de origem. Os pentagramas devem ser fortemente visualizados, de olhos abertos ou fechados, como melhor lhe aprouver.

Cada um deve ser acompanhado com uma intonação alta do som de todas as cinco vogais I, E, A, O, U, em uma única exalação, com um som para cada barra do pentagrama que for desenhada.

O mantra IEAOU é utilizado, aqui, para impedir um pensamento discursivo.

Finalmente, o operador visualiza a radiância em várias partes do corpo, reforçada individualmente pelo mantra I, E, A, O,U, que é repetido. O Ritual pode ser mais elaborado, se preferir, por exemplo, adicionando-se cores para a visualização das radiâncias ou adicionando pentagramas acima e abaixo do operador.

Este ritual pode ser utilizado para: Estabelecer equilíbrio, concentração e controle antes e depois de rituais mais complexos. Práticas de visualização, a qualquer momento. Como um exorcismo preliminar de fenômenos mentais ou psíquicos indesejáveis. Como um princípio de cura, principalmente auto-cura. As técnicas empregadas neste ritual são: vibração de mantra, visualização com gesticulação e controle de respiração.

Procedimento do Ritual

1) De pé, para qualquer direção que prefira.

2) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som "I", enquanto visualiza uma energia radiante na região da cabeça.

3) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som "E", enquanto visualiza uma energia radiante na região da garganta.

4) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som "A", enquanto visualiza uma energia radiante na região do coração e dos pulmões, que se espalha para os membros.

5) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som "O", enquanto visualiza uma energia radiante na região da barriga.

6) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som "U", enquanto visualiza uma energia radiante na região entre a genitália e o ânus.

7) Repita o 6). Então o 5), 4), 3), 2), repetindo de trás para frente, até chegar à cabeça.

8) Inspire profundamente. Exale lentamente, repetindo o mantra IEAOU, enquanto desenha o pentagrama no ar, com o braço esquerdo. O pentagrama deve ser visualizado com muita nitidez.

9) Vire para o próximo quadrante e repita o 8), então, desenhe os pentagramas restantes com os mantras e as visualizações, até chegar ao ponto de partida.

10) Repita os números 2) até o 7), inclusive.

In Chaos (qualquer dúvida sobre o procedimento deixe recado)

RETIRADO DO Liber KKK
Amor é a Lei, Amor sob Vontade.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Phallus e Phalgus

Faz o que tu queres, há de ser tudo da Lei

Phallus, orgão criador, energia masculina que tudo cria. Hoje ao estudar um pouco de Gematria, algo me foi passado e por isso escrevo este pequeno ensaio.
Percebi a grande semelhança da palavra Phallus com a palavra Phalgus. Phalgus se encontra na quarta hora e é o gênio* do juízo, diz Eliphas Levi:
"A força do mago reside no seu juízo, o qual o faz furtar-se à confução que é resultante da antinomia e da oposição dos princípios..."
O juízo, ou seja, a capacidade de transformar em um o que era dois, melhor dizendo, a capacidade de avaliar os opostos e transcendê-los, a Luz não serve, assim como as trevas também não, o importante é transcender a ambos. Nota importante, quando me refiro a juízo não estou me referindo a simples julgamento como alguns podem imaginar, julgar com o ego não é transcenter e sim optar por aquilo que o ego diz que é melhor, transcender e julgar no sentido de avaliar de acordo com a Verdadeira Vontade, atingindo assim algo superior. Importante lembrar que Eliphas Levi diz que a força do mago reside exatamente nessa capacidade.
Por outro lado temos a palavra Phallus que como eu disse na minha opinião se parece muito com a palavra Phalgus, podemos então fazer uma ligação aqui, Phalgus, ou seja, o juízo está intimamente ligado àquele orgão, ou àquela energia positiva, ou em outras palavras, o método de consiliar os opostos e transcendê-los se encontraria exatamente no PHALLVX**.
Acho que já expressei a idéia principal, quem tem olhos para ver que veja.

* Diz Eliphas Levi em Dogma e Ritual de Alta Magia: "Os antigos hierofantes não concebiam tais gênios como deuses, anjos ou demônios, mas sim como forças morais ou virtudes personificadas".

** A palavra Phallux foi escrita aqui com a letra "X" no final para representar exatamente a LVX trazida a toda por meio do ritual apropiado, àquele que causa a total transcendência.

Amor é a Lei, Amor sob Vontade.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Liber Librae


Faz o que tu queres, há de ser tudo da Lei


Não to conseguindo tempo para escrever nada, também não faz muita diferença, afinal ninguém vem nesse blog mesmo. Mas para aqueles que venham a encontrá-lo, para que ele não fique muito vazio coloco aqui para leitura o Liber Librae Sub Figura XXX, Publicação em Classe B. Segue abaixo:


Liber Libræ
Sub figura XXX


A.·.A.·.

Publicação em Classe B

Imprimatur: N. Fra. A. · . A. · .

0. Aprende primeiro- Ó tu que aspiras a nossa antiga Ordem! - que o Equilíbrio é a base do Trabalho. Se tu mesmo não tens um alicerce, sobre o que irás tu estar para comandar as forças da Natureza?

1. Saiba, então, que como o homem nasce neste mundo em meio às Trevas da Matéria, e à luta de forças rivais; seu primeiro esforço deve, portanto, ser o de procurar a Luz atravez da reconciliação delas.

2. Tu então que tens provas e problemas, regozija-te por causa deles, pois neles está a Força, e por meio deles é aberta uma trilha àquela Luz.

3. Como poderia ser de outro modo, Ó homem, cuja vida é apenas um dia na Eternidade, uma gota no Oceano do tempo; como poderias tu, não fossem muitas as tuas provas, purgar tua alma da escória da terra? É apenas agora que a Vida Mais Elevada é assediada com perigos e dificuldades; não tem sido sempre assim com os Sábios e Hierofantes do passado? Eles foram perseguidos e ultrajados, eles foram atormentados por homens; ainda assim sua Glória crescera.
4. Regozija, portanto, Ó iniciado, pois quanto maior for tua prova, maior teu triunfo. Quando os homens te ultrajarem, e falarem contra ti falsamente, não tem dito o Mestre, "Sagrados sois vós"?

5. Ainda assim, Ó aspirante, deixa que tuas vitórias tragam a ti não a Vaidade, pois com o aumento do conhecimento acompanharia o aumento da Sabedoria. Ele que sabe pouco, pensa que sabe muito; mas o que sabe muito descobrira sua própria ignorância. Tu vês um homem sábio em sua própria presunção? Não há mais probabilidade de existir um tolo, do que ele.
6. Não sejas apressado em condenar outros; como conheces aquilo no lugar deles, tu poderias ter resistido a tentação? E mesmo se fosse assim, Porque deverias tu menosprezar aquele que é mais fraco do que tu mesmo?

7. Tu, portanto, que desejas Dons Mágicos, estejas seguro de que tua alma é firme e inabalável; pois é lisongeando tuas fraquezas que os Fracos ganharão poder sobre ti. Rebaixa-te ante teu Self; contudo, não temas nem homem nem espírito. O Temor é o fracasso, e o precursor do fracasso; e a coragem é o início da virtude.
8. Portanto, não temas os Espíritos, mas sê firme e cortês com eles; pois tu não tens direito a desprezá-los ou a injuriá-los; e isto também pode induzir-te ao erro. Domina e bane-os, amaldiçoa-os pelos Grandes Nomes se necessário for; mas nem zombes nem os insultes, pois assim, certamente, tu serás levado ao erro.

9. Um homem é aquilo que ele faz de si mesmo dentro dos limites fixados por seu destino herdado; ele é uma parte da humanidade; suas ações afetam não somente o que ele denomina de si mesmo, mas também a totalidade do universo.

10. Venera, e não negues o corpo físico que é tua conecção temporária com o mundo externo e material. Portanto, que teu Equilíbrio mental esteja acima dos distúrbios dos fatos materiais; vigora e controla as paixões animais, disciplina as emoções e a razão, alimenta as Aspirações Mais Elevadas.

11. Faze o bem aos outros para teu próprio bem, não por recompensa, não pela gratidão deles, não por compaixão. Se tu és generoso, tu não ansiarás que teus ouvidos sejam deliciados com expressões de gratidão.

12. Lembra que a força desequilibrada é perniciosa; que a severidade desequilibrada é apenas cueldade e opressão; mas que também a misericórdia desequilibrada é apenas fraqueza que consentiria e incitaria o Mal. Obra com paixão; pensa com razão; sê Tu mesmo.

13. O Verdadeiro ritual é tanto ação quanto palavra; é Vontade.

14. Lembra que esta terra é apenas um átomo no universo, e que tu mesmo és apenas um átomo disto, e que mesmo tu poderias tornar te o Deus desta terra na qual tu rastejas e te arrastas, que tu serias, mesmo então, apenas um átomo, e um dentre muitos.

15. Contudo, tem o maior auto-respeito, e para este fim não peques contra ti mesmo. O pecado que é imperdoável é rejeitar consciente e intensionalmente a Verdade, recear o conhecimento mesmo que aquele conhecimento não alcovites teus preconceitos.

16. Para obter o Poder Mágico, aprende a controlar o pensamento; admita somente aquelas idéias que estão em harmonia com o fim desejado; e não toda idéia difusa e contraditória que se apresente.

17. O Pensamento fixo é um meio para um fim. Portanto, presta atenção no poder do pensamento silencioso e da meditação. O ato material é apenas a expressão externa de teu pensamento, e, portanto, tem sido dito que "Pensar tolice é pecado". O Pensamento é o começo da ação, e se um pensamento ao acaso pode produzir muito efeito, o que não poderia fazer um pensamento fixo?

18. Portanto, como já tem sido dito, Estabeleçe-te firmemente no equilíbrio das forças, no centro da Cruz dos Elementos, a Cruz de cujo centro o Mundo Criativo brotou no nascimento da aurora do Universo.

19. Sê tu, portanto, pronto e ativo como os Silfos, mas evita frivolidade e capricho; sê enérgico e forte como as Salamandras, mas evita irritabilidade e ferocidade; sê flexivo e atento às imagens como as Ondinas, mas evita ociosidade e inconstância; sê laborioso e paciente como os Gnomos, mas evita grosseria e avarice.

20. Então, irás tu gradualmente desenvolver os poderes de tua alma, e encontrar te a comandar os Espíritos dos elementos. Por que esteves a convocar os Gnomos para alcovitar tua avarice, tu não irias mais comandá-los, mas eles te comandariam. Abusarias dos puros seres dos bosques e das montanhas para encher teus cofres e satisfazer tua fome de Deus? Rebaixarias os Espíritos do Fogo Vivo para servir a tua ira e ódio? Violarias a pureza das Almas das Águas para alcovitar teu desejo de devassidão? Forçarias os Espíritos da Brisa Noturna para servir a tua loucura e capricho? Saiba que com tais desejos tu podes apenas atrair o Fraco, não o Forte, e naquele caso o Fraco terá poder sobre ti.

21. Na religião verdadeira não há seita, portanto, preste atenção a que tu não blasfemes o nome pelo qual outro conhece seu Deus; pois se tu fazes isto em Júpiter tu irás blasfemar YHVH e em Osíris YChShVCh. Pergunta e tu irás obter resposta! Procura, e tu irás encontrar! Bate, e será aberta a ti!
Amor é a Lei, Amor sob Vontade

domingo, 25 de novembro de 2007

THELEMA
Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei (1)

A base do sistema mágico desenvolvido por Aleister Crowley, após o recebimento do Livro da Lei, em 1904.
Thelema (2) tem por objetivo a harmonização do homem consigo mesmo, e consequentemente com o universo, através do descobrimento do conceito denominado Verdadeira Vontade.
Uma melhor explicação está na Mensagem do Mestre Therion, ou Liber II:

"Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.""Não há nenhuma lei além de faze o que tu queres.""A palavra da lei éThelema - Significa Vontade."

A Chave desta Mensagem está nesta palavra: Vontade. O primeiro, óbvio significado desta Lei é confirmado por antítese: "A palavra do Pecado é Restrição."Novamente: "Tu não tens o direito a não ser fazer a tua vontade. Faze aquilo e nenhum outro dirá não. Pois vontade pura, desembaraçada do propósito, livre da ânsia de resultado, é toda via perfeita".

Considerai isto cuidadosamente; parece insinuar uma teoria de que, se todo homem e toda mulher fizesse a vontade dele ou a vontade dela - a real vontade - não haveria conflito. "Todo homem e toda mulher é uma estrela", e cada estrela, move-se numa órbita determinada, sem interferência. Existe lugar para todos; é apenas a desordem que causa confusão.

Destas considerações deve tornar-se claro que "Faze o que tu queres" não quer dizer "Faze o que quiseres". A Lei é a apoteose da liberdade; mas é também a mais estrita das injunções.

Faze o que tu queres - então faze nada mais. Deixa que nada te desvie daquela tarefa austera e santa Liberdade para fazer a tua vontade é absoluta, mas procura fazer qualquer outra coisa, e instantaneamente obstáculos devem levantar-se. Todo ato que não está definitivamente no curso daquela órbita única é um ato errático e um empecilho. A vontade não pode ser duas, mas uma.

Nota, além disto, que essa vontade não deve apenas ser pura, isto é, única, como foi explicado acima; deve também ser "desembaraçada do propósito".

Esta expressão estranha deve fazer-nos pausar. Pode significar que qualquer propósito naquela vontade a embotaria; claramente, a "ânsia de resultado" é uma coisa de que a vontade deve ser livre.

Mas esta expressão também pode ser interpretada como se lesse "com propósito desembaraçado" - isto é, com energia incansável. A concepção é, portanto, de um movimento eterno, infinito e inalterável. Isto é Nirvana, somente, dinâmico em vez de parado - o que vem no fim a ser a mesma coisa.

A óbvia tarefa prática do mago é, portanto descobrir qual é realmente a sua vontade, para que ele possa fazer a sua vontade desta forma; isto pode ser conseguido melhor pelas práticas de Liber Thisarb (Tratando de Memória Mágica - a memória das encarnações passadas) ou outras tais que sejam ocasionalmente prescritas.
Deveria ser agora perfeitamente simples para todo mundo a essência da Mensagem do Mestre Therion.
Tu deves:

1) Descobrir qual é a tua Vontade.

2) Fazer a tua Vontade com:

a) unidade de propósito; b) desprendimento; c) paz.

Então, e somente então, tu estás em harmonia com o Movimento Cósmico, tua vontade parte da, e portanto igual à, Vontade de Deus. E desde que a Vontade não é mais que o aspecto dinâmico do ente, e desde que dois entes diversos não podem possuir vontades idênticas, então, se tua vontade é a vontade de Deus - Tu és Aquilo.

Há apenas uma outra palavra a explicar. Em outra parte está escrito - certamente para nosso grande conforto - "Amor é a lei, amor sob vontade".

Isso significa que, enquanto a Vontade é a Lei, a natureza dessa Vontade é Amor. Mas este Amor é como que um sub-produto daquela Vontade; não contradiz nem sobrepuja aquela Vontade; e se em qualquer crise uma contradição se erguer, é a Vontade que nos guiará corretamente. Vede, enquanto no Livro da Lei há muito escrito sobre o Amor, não existe nele nada de Sentimentalismo. O Ódio mesmo é quase como o Amor! Lutar é certamente Amor! "Lutai como irmãos"! Todas as raças másculas do mundo compreendem isto.
O Amor de Liber Legis é sempre ousado, viril, orgiástico mesmo. Existe delicadeza, mas é a delicadeza da força. Poderoso, terrível e glorioso como é, porém, é apenas a flâmula sobre a sagrada lança da Vontade, a inscrição damascena na lâmina das espadas dos Monges-Cavaleiros de Thelema.

Amor é a lei, amor sob vontade

(1)- "Do what thou wilt shall be the whole of the Law" - a tradução utilizada é a de Marcelo Motta, pois fora feita seguindo uma observação de Germer sobre a necessidade de se ter o mesmo número de letras do original (11). Infelizmente, não se pode traduzir apenas com monossílabos como ocorre no britânico. 11 é o número da Grande Obra.
(2) - "Está escrito que 'Amor é a lei, amor sob vontade'. Aqui há um Arcano Velado, pois no idioma grego AGAPE- Amor, tem o mesmo valor numérico que THELEMA - Vontade. Por isto nós compreendemos que a natureza da Vontade Universal é Amor".
Liber CL - De Lege Libellum
TEXTO RETIRADO DO SITE: http://www.astrumargentum.org

sexta-feira, 16 de novembro de 2007


Per benedictionem Rosae Crucis



Ad rosam per crucem,

Ad crucem per rosam

In ea-eis gemetus re sur gam

Non Nobis, Non Nobis

Domine sed nominis Tui gloriae Solae







Pela bênção da Rosa Cruz


Alcançar a rosa através da cruz

Alcançar a cruz através da rosa

Desta forma, adornado, serei ressucitado

Não para nós, não para nós oh senhor!

Mas unicamente para a glória do Teu nome!